sábado, 1 de dezembro de 2018

Querido Pai Natal, Por Quem Não Volta

Querido Pai Natal
Acho que é a tua vez de procurares por mim
Pois não sei mais de onde vim

Querido Pai Natal
Confesso-te que portei-me mal estes últimos anos
Não cumpri o não derramar lágrimas sobre estes danos

Querido Pai Natal
A minha voz ecoa sem melodia, não irradia
Por esta eterna noite que nunca se torna dia

Querido Pai Natal
Peço-te o retorno do tempo perdido neste Mundo
Para conseguir perdoar quem me deixou no fundo

Querido Pai Natal
Não sou crente, mas oro impreciso
Por um sorriso que perdi para o paraíso

Querido Pai Natal
Não sei como te escrever
Como, com saudades, continuar a viver

Querido Pai Natal
Uma das muitas partes de mim, continua a acreditar
Que, por quem não volta, o conseguirei abraçar.


quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Silêncio de Desculpas / Silence of Excuses

Supliquei aos céus para que ficasses
Pedi aos Deuses para que não me abandonasses
Orações em mim cicatrizadas
Mentiras que nem facadas
I begged the heavens for you to stay
I wonder why the Gods ripped you from me
Healed prayers, under my skin
Stabbed with lies

Desonrado pela imaginação
Sorriso de desilusão
Sem mais emoção para o céu cinzento
Sonho turbulento
Dishonored by my imagination
Disappointment with a smile
No more ink for this gray sky
Shaken dreams

Jogos de culpas
Silêncio de desculpas
Suicídio de memórias
Vitórias desonradas
We play this guilty game
Silence of Excusses
Trapped memories
Dishonored Winners

Mapas sem linhas
Olhares de advinhas
Preces iludidas
Mentiras aplaudidas
We play this guilty game
Riddles of gazes
Deceived prayers
Honest lies

Felicidade finita
Medo de lágrimas sentidas
Desconhecidas páginas
Metas sobre ravinas.
Temporary Happiness
Fear of heartfelt tears
Unknown pages
Hollow goals.

domingo, 5 de agosto de 2018

Escondidos Por Mim, Transparentes Para Ti

Lembranças cravadas na memória
Abraçado por pecados, seguro nos teus braços
Erros escondidos na nossa história
Quebrado em mil pedaços, rasgados laços

Não mereço ser honrado
Se nunca ouvi as tuas preces
Se aos teus olhos era um amor sagrado
Agora que já não me pertences

Um eterno talvez de perdões
A obsessão que nos uniu
Criamos as nossas próprias escuridões
Um retorno que os céus baniu

Esta sede de sombrias conquistas
Não me alimentaram o que contigo vivi
Segredos enterrados como artistas
Escondidos Por Mim, Transparentes Para Ti.